"Uma pessoa se faz revolucionária não movida pelo estudo,mas por causa de uma indignação ética diante da realidade". (Merleau-Ponty).

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

consciência, consciência, onde está tu?

Olá amados leitores. Confesso que tentei ficar quieta até agora com relação a estas eleições que tem sido muito turbulenta. Pensei em não escrever nada porque sei que quanto mais toco no assunto mais desgastada fico, mas não teve jeito, caí em tentação (espero não ir para o inferno por isso, afinal de contas estou seguindo minha consciência, e esta, como a própria Igreja prega em sua moral, tem de ser algo meu, apenas meu, ou seja a consciência, e somente ela podeme dizer o que fazer ou o que deixar de fazer, desta maneira, somente a Minha consciência pode me dizer em quem votar ou em quem deixar de votar).


Primeiramente quero dizer que não sou petista, não votei na Dilma no primeiro turno, bem como também não sou muito chegada ao Sr Serra, sua atuação como Governador do meu Estado, e também não sou muito fã do governo de privatizações que foi o de Fernando Henrique Cardoso. Confesso que ainda não decidi meu voto porque tento ser o mais apolítica possível, pois, sinceramente não confio na maioria dos políticos que vejo por aí fazendo suas campanhas eleitoreiras aqui e acolá.


Acredito (e é isso que me deixa intrigada com o que está acontecendo especialmente nestas eleições) que cada pessoa tem o direito de escolher livremente. Se Deus, que é Deus, nos deu o livre arbítrio, porque uns ou outros tem que me dizer o que fazer, em quem votar, ou em quem deixar de votar?


Confesso que nestas eleições minha caixa de recados estavam sempre lotadas (e ainda estão, pois por falta de tempo não li nem metade do que me enviaram e provavelmente nem vou ler) com materias falando de candidatos. Deixo claro que não confio em informações me passadas pela internet (pelo menos, não antes de conferí-las em algum lugar oficial), também não quero dizer que sou totalmente descrente, mas, absorver tudo e acreditar piamente em tudo não está muito no meu perfil. Talvez seja o instinto de jornalista de não aceitar as coisas da maneira que nos vem passado.


Acho que a população, enquanto CIVIL, deve sim se manifestar pelo que acredita, torcer para que se faça algo diferente e que o país seja melhor a cada dia. Mas daí enviar milhares de e-mails, contendo informações que até Deus duvida é de mais não é não? Minha dica é que, antes de reenviar uma informação, todos tenhamos o interesse de tentar verificar se é verdade ou não, isso provavelmente ajudaria muito.
A grande verdade é que em tempo de eleições, as coisas vão tão depressa, e enquanto os que torcem para um time fazem de tudo pra que esse time ganhe, no outro lado da moeda existe o outro time que também quer ganhar. Se eu sou petista, vou querer fazer de tudo pro meu partido ganhar, da mesa forma que se sou psdebista quero muito ver meu candidato eleito. Isso é normal no ser-humano, e além de normal é o que mais gosto na democracia. Mas acho que, quando existem os exageros, as coisas não dão muito certo. É por consequência destes exageros que tento ser o menos política possível, ou melhor, tento me envolver o menos possível, para não correr o risco de profetizar uma coisa e no final das contas fazer outra muito diferente. Espero nunca mudar este conceito de que somente a CONSCIÊNCIA pode me dizer se estou no caminho certo ou não, pois, quando chegar o dia em que, eu acreditar que posso interferir na vida das pessoas, me passando pela consciência delas, aí, neste dia estarei mostrando que minha fé é uma fé morta e bem distante daquela que Jesus nos veio mostrar. Neste dia acharei legal manipular as pessoas, mas no fundo serei infeliz, pois saberei que vivo num país em que EU mando, num país que as coisas andam na maneira que EU quero, e esquecerei que o país é feito por um povo (povo gente boa por sinal) e que a democracia é feita para este povo e em função deste.
Sem mais, me despeço por aqui
Abraços, fiquem com DEUS
Mariane de Almeida
MAS