"Uma pessoa se faz revolucionária não movida pelo estudo,mas por causa de uma indignação ética diante da realidade". (Merleau-Ponty).

domingo, 2 de outubro de 2011

pequeno ensaio do meu pet - ai que cachorro mais sem vergonha rsrsrsr
















Este é nosso pequeno Dodge. Um cachorro muito mimosinho (srrsrsr) e mimado por demais hahahahahaha. Estava eu com a câmera nas mãos e ele atormentando no meu pé, resolvi sentar-me no chão e retratar um pouquinho de suas pequenas aventuras rsrsrrsrsrs

voltar ao tempo é bom, pois a correria do nosso dia-a-dia pode nos acomodar....














Olá querido leitor, há quem diga que é bom olhar pro passado e ver nosso amadurecimento com o passar do tempo. Concordo plenamente com esse pensamento, porém, não imaginava que olhar o"passado" me deixaria um tanto frustrada (risos).

Pois é, hoje, depois de muito tempo sem estar neste espaço resolvi ir lendo meus escritos de três anos pra cá. De cara me deparei com algumas coisas: primeiro que a quantidade de postagens foram diminuindo com o tempo, depois que parece que não penso tanto como antes... ou melhor, a impressão que tenho é que, como tantos outros eu fui me acomodando em meio às coisas. Não que eu não tenha mais meu olhar crítico sobre o mundo, mas parece que estou tomada por um conformismo que não é normal, não pode ser normal a nenhum de nós, pois temos que ter a vontade de mudar as coisas se não a achamos certas.

Lendo tudo o que já escrevi, acabei me lembrando do que vi na semana passada no centro velho de São Paulo. Amigos da faculdade e eu saímos do Mosteiro de São Bento e nos dirigimos ao Pateo do Colégio - berço da cidade mais populosa do país. O caminho foi dolorido de se ver, pessoas deitadas no chão fétido, cobertas com papelão, sacos plásticos, e alguns com cobertas (certamente feitas de pet)... Estávamos na companhia de crianças que tapando seus narizes me olharam e inevitavelmente disseram: "que fedo de xixi, tia". Pois é, o cheiro era realmente muito mal, porém, pra mim o que cheirava mal não era o que minhas narinas podiam sentir, mas toda aquela estrutura que se faziam presentes ali e estão na nossa sociedade.

O nojento é sentir que entra governo e sai governo as coisas não mudam e cenas como a do "bicho homem" se fazem cada vez mais comuns... Mais nojento do que isso, é ainda saber que, apesar de qualquer situação que possamos ver, vivemos num "mundinho rico" que é o Estado de São Paulo... é triste vermos situações como esta aqui, mas, infelizmente existe um Brasil muito além do que vemos todos os dias nas calçadas de nossas cidades "sulistas"... Existem um Norte e Nordeste que superam consideravelmente em desigualdade social, ou seja, problema maior está nos cantões brasileiros em que a estrutura não permite nem mesmo que cobertas, papelão e sacos plásticos se façam abrigo pra muita gente.

Não sei, sinceramente, se tenho pena das pessoas que passam necessidades vitais nos mais diversos lugares do país e do do mundo, ou, se, sinto pena da minha ignorância individualista que nem sempre consegue se sensibilizar com tamanha desigualdade. Quando digo sensibilizar não quero dizer naquela sensibilidade que se faz presente em nossos pensamentos, mas aquela sensibilidade que nos move a queremos lutar verdadeiramente por um mundo mais justo e solidário.

Sinceramente não acredito que estamos fazendo o certo, sinto que deveríamos agir muito mais para mudarmos esta situação, mas ainda não sei como poderemos fazer uma sociedade mais justa e solidária!


Obrigada

Mariane de Almeida

M.A.S