O BICHO
"Vi ontem um bicho
Na imundíce do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato".
Na imundíce do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato".
O bicho, meu DEUS, era um homem.
(Manuel Bandeira)
Eis aí uma das coisas mais chocantes que já li em toda minha vida. O li pela primeira vez quando criança, e já ali senti total repúdio sobre tais palavras. Hoje, ao abrir um livro para estudar pra uma prova na qual realizarei daqui a pouco me deparo novamente com tal texto de Manuel Bandeira, o repúdio continua o mesmo, a tristeza em pensar que esta é uma cena bem comum nos grandes pólos do país, em pensar que faz parte do cotidiano de muitos...
A que ponto o ser humano chegou, muitos tem pouco, poucos tem muito....
Capitalismo, isto dizem ser o maior vilão dos povos oprimidos.
Não sei se uma outra forma de governo resolveria tamanha desigualdade. Só sei que, enquanto a mudança não chega, versos como esse continuará ilustrando a realidade de muitos, como se muitos realmente pudesse se rebaixar a animais. Mas isso ainda não é a pior parte, mais repudiante do que isso é perceber que muitos desses queiram se ELEVAR a animais, por saberem que muitos animais tem a destreza de conseguir mais dignidade do que um homem.
Isso jamais será normal a meus olhos, porém, infelizmente já é algo comum. Me pergunto novamente, "a que ponto o ser humano chegou": tratar animais de estimação como se fossem gente enquanto fecho os vidros do carro no farol para não ser incomodado pelo mendigo que me pedirá uma moeda. Os homens fecham os vidros do carro como se isso fosse mudar a realidade, mal sabem eles que isso apenas torna sua alto-realidade totalmente distante do mundo em que se vive.
Eis aí uma das coisas mais chocantes que já li em toda minha vida. O li pela primeira vez quando criança, e já ali senti total repúdio sobre tais palavras. Hoje, ao abrir um livro para estudar pra uma prova na qual realizarei daqui a pouco me deparo novamente com tal texto de Manuel Bandeira, o repúdio continua o mesmo, a tristeza em pensar que esta é uma cena bem comum nos grandes pólos do país, em pensar que faz parte do cotidiano de muitos...
A que ponto o ser humano chegou, muitos tem pouco, poucos tem muito....
Capitalismo, isto dizem ser o maior vilão dos povos oprimidos.
Não sei se uma outra forma de governo resolveria tamanha desigualdade. Só sei que, enquanto a mudança não chega, versos como esse continuará ilustrando a realidade de muitos, como se muitos realmente pudesse se rebaixar a animais. Mas isso ainda não é a pior parte, mais repudiante do que isso é perceber que muitos desses queiram se ELEVAR a animais, por saberem que muitos animais tem a destreza de conseguir mais dignidade do que um homem.
Isso jamais será normal a meus olhos, porém, infelizmente já é algo comum. Me pergunto novamente, "a que ponto o ser humano chegou": tratar animais de estimação como se fossem gente enquanto fecho os vidros do carro no farol para não ser incomodado pelo mendigo que me pedirá uma moeda. Os homens fecham os vidros do carro como se isso fosse mudar a realidade, mal sabem eles que isso apenas torna sua alto-realidade totalmente distante do mundo em que se vive.
M.A.S
Mariane de Almeida
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